Intervenções Públicas Maria da Graça Carvalho defende maior cooperação científica UE-África

Eventos | 16-02-2022

Maria da Graça Carvalho participou esta quarta-feira, dia 16 de fevereiro, na conferência online "Partnering for the development of sustainable clinical research infrastructures and a skilled workforce in Africa", realizada à margem da 6.ª Cimeira União Europeia – União Africana, que decorre em Bruxelas, entre os dias 17 e 18. O evento, no qual a eurodeputada interveio a partir de Estrasburgo, onde participa na sessão plenária do Parlamento Europeu, foi organizado em conjunto pela Parceria entre a Europa e os Países em Desenvolvimento para a Realização de Ensaios Clínicos  (EDCTP) e pela Rede Europeia de Infraestruturas de Investigação Clínica (ECRIN). 

"A capacitação é uma componente muito importante da EDCTP. É preciso ir para além da simples transferência de tecnologia. É preciso ter equipas de investigadores europeus e africanos a trabalhar em conjunto nos ensaios clínicos. Enfrentamos questões complexas, como vimos com a Covid19, por isso devemos continuar a trabalhar juntos nessa capacitação. Acredito firmemente na cooperação internacional e não apenas a nível da UE. Devemos unir esforços em torno deste programa", disse Maria da Graça Carvalho, relatora daquela parceria, que no âmbito do programa-quadro Horizonte Europa se passa agora chamar Global Health (Saúde Global).

A EDCTP esteve, por exemplo, envolvida no desenvolvimento da vacina contra a malária em crianças de países da África Subsariana que recentemente foi aprovada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "Acho que podemos usar as estruturas que temos para Malária, Tuberculose e HIV para a Covid19. Novamente, devemos unir esforços e usar o que já desenvolvemos até agora nas campanhas de vacinação que estão a acontecer em África", afirmou a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior e vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE).

A eurodeputada concluiu a sua interveção passando em revista alguns dos pontos que introduziu no seu relatório relativamente àquela parceria:

- necessidade de unir esforços entre os diferentes fundos que existem na UE;
- necessidade de deve haver mais cooperação entre os diferentes Estados membros e a nível global;
- necessidade de capacitação e desenvolvimento de capacidades para formar mais profissionais de saúde;
- necessidade de maior participação por parte dos Estados membros neste tipo de parcerias, fazendo com que estes sejam programas mais abertos, com a participação de diferentes países.

 

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