Intervenções Públicas Maria da Graça Carvalho defende importância da cooperação na ciência dentro e fora da UE

Eventos | 26-10-2021

Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do Partido Popular Europeu (PPE) na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), foi esta terça-feira uma das oradoras da New ERA Conference 2021, organizada pela presidência eslovena do Conselho da União Europeia. Falando remotamente a partir de Bruxelas no evento que decorreu em Brdo, na Eslovénia, a eurodeputada defendeu é preciso maior cooperação na ciência. Tanto entre os países da UE. Como destes com o resto do mundo.

"Só através de uma intensificação da cooperação e colaboração nos domínios científicos, podemos criar um ciclo virtuoso capaz de fomentar a concorrência leal e ser um impulsionador da excelência. Sou uma forte defensora do conceito de cooperação global nos domínios científicos e acredito que todos devemos esforçar-nos para aumentar o papel da ciência como um criador de pontes nas nossas relações diplomáticas. A ciência e a investigação básica devem ser promovidas para além de qualquer diferença no pensamento político", afirmou a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, no painel intitulado "A Journey for a New ERA". 

A eurodeputada referiu a vacina da malária para crianças em países da África Subsariana, recentemente aprovada pela Organização Mundial de Saúde, como um dos bons exemplos de cooperação na ciência entre europeus e outros países. Aquela vacina foi desenvolvida no âmbito da parceria The European and Developing Countries Clinical Trials Partnership (EDCTP), que agora continua a existir com o nome de Global Health no programa-quadro Horizonte Europa, do qual Maria da Graça Carvalho é relatora pelo Parlamento Europeu.

 A ideia de um Espaço Europeu da Investigação (ERA, na sua sigla inglesa) remonta a 2000, quando foi lançada no contexto da chamada Estratégia de Lisboa (durante presidência portuguesa da UE), para reduzir a fragmentação do sistema de I&I da União Europeia. Esta iniciativa, reativada pela Comissão Europeia em setembro de 2020, ambiciona construir um espaço científico e tecnológico comum da UE, criando um mercado único da investigação e inovação, promovendo a livre circulação dos investigadores, dos conhecimentos científicos e da inovação, e incentivando uma indústria europeia mais competitiva. 

Tal implica reestruturar o panorama europeu da investigação no sentido de uma maior cooperação transfronteiras e concorrência a nível continental, da criação de massa crítica e coordenação e da melhoria das políticas e dos sistemas nacionais de investigação. Desde 2009, a realização do EEI constitui também um objetivo explícito do Tratado, conforme expresso no artigo 179.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE).

Em abril julho deste ano, o Parlamento Europeu aprovou a resolução “Um novo EEI para a Investigação e Inovação”, da qual a eurodeputada Maria da Graça Carvalho foi negociadora em nome do Partido Popular Europeu. 

 

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