Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do Partido Popular Europeu (PPE) na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), participou esta quarta-feira, dia 6 de outubro, num debate em plenário com a Comissão e o Conselho sobre o que pode a UE fazer para enfrentar a escalada dos preços da energia, bem como o papel da eficiência energética e das energias renováveis e a necessidade de fazer algo contra a pobreza energética. Na sua intervenção, a eurodeputada do PSD alertou que, no caso de Portugal, por exemplo, o custo da energia é um fator de bloqueio ao desenvolvimento e competitividade das empresas e indústrias e um verdadeiro fardo para as famílias.
Leia abaixo a intervenção da eurodeputada na íntegra:
"Senhora Presidente,
Senhora Comissária,
Caros colegas,
O aumento dos preços da energia afeta grande parte da população, incluindo a classe média. Prejudica as nossas empresas e indústrias. Ameaça a retoma económica.
Para fazer face a este problema, com causas bem identificadas, desde logo a galopante subida dos preços do gás natural, a União Europeia precisa de tomar medidas rápidas e decididas.
No entanto, estas não podem traduzir-se em retrocessos na luta contra as alterações climáticas. O Green Deal não é uma causa deste problema, mas o caminho para a sua solução.
Exigem-se medidas de fundo. Aos Estados membros, mudanças na fiscalidade, nos custos de interesse económico geral. À União, um programa ambicioso de melhoria da eficiência energética, a utilização de novas tecnologias e novos modelos de financiamento do setor.
Portugal tem uma das eletricidades mais caras da Europa face ao poder de compra.
O custo da energia, no meu país, é um fator de bloqueio ao desenvolvimento e da competitividade das empresas e indústrias. É um fardo para as famílias, com níveis de pobreza energética muito elevados. Temos um longo caminho a percorrer. Mas é urgente e imperioso fazê-lo desde já.
Muito obrigada!"