Work in Parliament PE aprova resolução que apoia aproximação da Ucrânia à UE

Resolutions | 01-03-2022

 

Num debate sobre a agressão russa contra a Ucrânia, os eurodeputados expressaram esta terça-feira, dia 1 de março, um apoio inabalável à Ucrânia e aos esforços para aproximar o país da comunidade europeia, tendo aprovado, por 637 votos a favor, 13 contra e 26 abstenções a proposta de resolução que contou com o contributo de eurodeputados do Grupo do PPE, entre os quais Maria da Graça Carvalho.

Na sessão plenária extraordinária do Parlamento Europeu,  realizada em Bruxelas,  intervieram, a partir de Kiev, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, e o presidente do Parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk. Os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão, Charles Michel e Ursula von der Leyen, e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, também participaram no debate.

No início do debate, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, afirmou: “Vivemos hoje um momento sombrio devido à guerra de Putin. Uma guerra que não provocámos. Uma guerra que não começámos. Uma invasão vergonhosa de um Estado soberano e independente. Em nome do Parlamento Europeu, condeno a agressão militar russa contra a Ucrânia nos termos mais fortes possíveis e expresso a minha solidariedade para com todos os que sofrem e para os que são mortos”.

 “Vamos erguer-nos. Não ficaremos indiferentes quando aqueles que lutam nas ruas pelos nossos valores enfrentam a maciça máquina de guerra de Putin. Apoiaremos a jurisdição do Tribunal Penal Internacional e a investigação de crimes de guerra na Ucrânia. Vamos responsabilizá-lo”, acrescentou.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, disse, “num intervalo entre ataques de mísseis”, que o Parlamento Europeu e os líderes da UE devem agora “provar que a UE está com a Ucrânia”. “Falo hoje em nome dos cidadãos da Ucrânia que a defendem, pagando o preço final", afirmou.

O presidente do Parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk, disse aos eurodeputados: “A Ucrânia está a defender a fronteira do mundo civilizado e, se a Ucrânia cair, ninguém sabe onde os russos vão parar”. Insistiu que a melhor forma de apoiar a Ucrânia “é um verdadeiro reconhecimento das nossas aspirações europeias”.

“Esta invasão brutal e maciça da Ucrânia é injustificada, não provocada e baseia-se em mentiras desprezíveis, acontecendo apenas por uma razão: porque na Praça Maidan escolheram a liberdade, a democracia e o Estado de direito”, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, qualificando a invasão do Presidente russo Vladimir Putin de “terrorismo geopolítico”. Assegurou aos eurodeputados que o Conselho irá analisar o “pedido sério, simbólico, político e, a meu ver, legítimo” da Ucrânia para aderir à UE.

A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, declarou: “Este é um momento da verdade para a Europa. Não podemos dar a nossa segurança por garantida, temos de investir nela”. Destacou que, “se Putin procurava dividir a UE, a NATO e a comunidade internacional, conseguiu exatamente o oposto”.

“Para fazer a paz, precisamos de ser dois, mas para a guerra um é suficiente, como o Sr. Putin demonstrou. É por isso que precisamos de aumentar muito a nossa capacidade de dissuasão, a fim de evitar a guerra”, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. “A defesa do Estado de direito e o reforço das relações comerciais não serão suficientes para transformar o mundo num lugar pacífico", acrescentou.

LEIA AQUI A PROPOSTA DE RESOLUÇÃO EM PORTUGUÊS

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