Public Interventions Maria da Graça Carvalho afirma que Investigação e Inovação terão um papel fundamental na recuperação pós-pandemia

Events | 24-06-2021

Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PPE, participou esta quinta-feira, dia 24 de junho, nos Dias Europeus de Investigação e Inovação (R&IDaysEU). A convite da comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação, Juventude e Desporto, Mariya Gabriel, a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior participou na sessão "Partnering with Member States to prioritise transformative R&I investments and reforms", dedicada ao debate sobre a visão e o nível de ambição pretendidos através das ações de Investigação e Inovação incluídas nos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) dos Estados membros da UE, bem como o apoio à disposição dos mesmos para levarem a cabo reformas naquelas áreas. Além da eurodeputada, participaram nesta sessão Patrick Child, Vice-Diretor-Geral da DG Investigação e Inovação da Comissão Europeia,  Lívia Vašáková, Diretora-Geral da Divisão responsável pelo Plano de Recuperação e Resiliência no Ministério das Finanças da Eslováquia e Céline Gauer, Diretora-Geral do Grupo de Trabalho Recuperação e Resiliência da Comissão Europeia.

"O Mecanismo de  Recuperação e Resiliência está profundamente ligado à dupla transição (verde e digital). Não estamos apenas a dar aos Estados membros, às nossas indústrias e empresas, dinheiro para compensar as suas perdas. Esperamos que utilizem esses recursos para fazer as adaptações necessárias para cumprir os objetivos da União Europeia. Para isso, entretanto, eles precisarão de Investigação e de Inovação", frisou Maria da Graça Carvalho, durante a sua intervenção. A eurodeputada, relatora do Parlamento Europeu para as parcerias do programa-quadro Horizonte Europa e autora do relatório sobre a Empresa Comum para a Computação Europeia de Alto Desempenho, manifestou-se convencida de que a Investigação e a Inovação desempenharão um papel fundamental na recuperação pós-pandemia e no cumprimento dos objetivos verdes e digitais da UE. "Sempre acreditei no poder da Ciência ao serviço dos nossos cidadãos e das nossas economias. É por isso que dediquei tanto do meu tempo a isso. Primeiro como académica e depois como política. Investigação e Inovação fornecem-nos as ferramentas de que precisamos para implementar mudanças. E é de mudança que estamos a falar".

No que toca à transição verde, notou a eurodeputada do PPE, não será suficiente adaptar apenas o nosso modo de vida. "Claro que precisaremos de fazer ajustes. Porém, a menos que estejamos dispostos a desistir de muitas das nossas conquistas civilizacionais, como mobilidade, habitação confortável, acesso a alimentação e serviços, qualidade de vida em geral, precisaremos de ser criativos. Precisaremos de criar novas tecnologias sustentáveis ​​que irão substituir as existentes, que causam um grande prejuízo ao nosso planeta. Teremos que trabalhar na eficiência energética, na captura de carbono e assim por diante. Algumas dessas tecnologias já existem, mas terão que ser ampliadas. Outras terão que ser inventadas. E tudo isso requer investimento em Investigação científica, da Investigação fundamental à Ciência aplicada".

Em relação à transição digital, referiu, ela é baseada em Investigação e Inovação. "Na verdade, uma das prioridades definidas pela Comissão Europeia na sua Agenda Digital é melhorar a transferência de tecnologia das universidades e instituições de investigação para os mais diversos setores. Para embarcar totalmente na transição digital, precisamos de Investigação e Inovação para nos fornecer as soluções técnicas e as competências necessárias".

Maria da Graça Carvalho, vice-coordenadora do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), assinalou o facto de os PRR nacionais estarem obrigados a respeitar as prioridades da União Europeia, especialmente no que se refere ao Green Deal e considerou que isso oferece algumas garantias. Além disso, afirmou, a Comissão Europeia já deixou claro que irá acompanhar de perto a implementação dos planos nacionais. Sobre oportunidades de sinergia, complementariedade e parcerias, a eurodeputada disse esperar que haja uma relação entre os PRR nacionais e o Horizonte Europa, programa-quadro da UE para a Investigação e Inovação. 

"Os fundos do Horizonte Europa podem, por exemplo, ser usados ​​como contribuições nacionais nas parcerias do Horizonte Europa, tanto a montante como a jusante. A montante para formação e também infraestruturas e, a jusante, através do financiamento de atividades complementares. Estes fundos também podem ser utilizados nas missões do Horizonte Europa, para financiar atividades adicionais e em projetos com o Selo de Excelência, com avaliações excelentes ou muito boas, que não se qualificaram para financiamento no âmbito do programa-quadro", indicou a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, durante esta sessão dos R&IDaysEU. 

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