Public Interventions "Cabe a toda a sociedade combater o fosso digital entre homens e mulheres"

Events | 08-04-2021

Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PPE, participou esta quinta-feira, dia 8 de abril, na xSession dedicada ao tema “Real Life Wonder Women”, que se realizou em modelo de webinar e  foi organizado pelo ISACA Lisbon Chapter, como parte da missão da ISACA a nível mundial. Na ocasião, a eurodeputada deu a conhecer um pouco do trabalho que tem realizado nessa área enquanto membro do Parlamento Europeu e da Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros (FEMM).

A ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, que participou numa mesa redonda moderada pela professora Isabel Pedrosa (enquanto Embaixatriz da iniciativa SheLeadsTech do ISACA Lisbon Chapter), juntamente com Cláudia Figueira (Women in Cyber), Raquel Prado (Women in Compliance), Inês Santos Silva (Portuguese Women in Tech) e Margarida Mateus de Carvalho (Engenheiras por um Dia), falou do seu relatório sobre o fosso de género que existe na área do digital e que foi aprovado por larga maioria, no Parlamento Europeu, no início deste ano.

 "No meu relatório sobre colmatar o fosso digital propomos medidas e ações concretas para promover a participação digital das mulheres a vários níveis: 1. Desde logo no plano da Educação, sensibilizando as raparigas para a importância destas áreas, definindo conteúdos que lhes sejam mais apelativos, apresentando-lhes casos de sucesso de mulheres que vingaram nas mesmas e que podem servir de referência;  2. Propomos também medidas ao nível do Emprego e empreendedorismo, cultura media e audiovisual que contribui inconscientemente para a eternização de certos estereótipos, medidas em matéria de participação cívica, política e económica das mulheres, ciberviolência e políticas de desenvolvimento", afirmou a eurodeputada do PPE, na sua intervenção.

A tarefa de combater este fosso digital, sublinhou, não cabe apenas às instituições e aos organismos públicos. "Cabe a todos os intervenientes, sejam figuras públicas, privados, academias realizar ações específicas para reforçar a participação e o papel das mulheres e das raparigas na economia digital. E combater esta realidade não é apenas uma questão de justiça social para as mulheres, permitindo-lhes prosseguir a sua vocação e aceder a profissões que hoje em dia se encontram entre as mais requisitadas e melhor remuneradas, mas para a sociedade em geral.  Para a sociedade, porque esta é atualmente privada de uma enorme bolsa de talento, desperdiçando criatividade, competência e capacidade de inovação".  A perda anual de produtividade para a economia europeia devido ao facto de as mulheres deixarem os seus empregos digitais para ficarem inativas "ascende a 16,1 mil milhões euros", frisou Maria da Graça Carvalho.

Neste evento foi igualmente apresentado o estudo da ISACA SheLeadsTech “TechWorkForce 2020 : The Age and Gender Perception Gap”, o qual indicou que 50% da força de trabalho a nível mundial é representada por mulheres, no entanto somente 31% dos empregos no sector das tecnologias de informação é ocupado por mulheres! 

 

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