Press O papel de Portugal na independência energética europeia

News | 09-05-2022 in Correio da Manhã

Tão cedo não voltaremos a confiar na Rússia. E não se fazem negócios, muitos menos se mantêm relações de dependência, com aqueles em quem não confiamos.

A independência energética da União Europeia já era urgente antes da invasão da Ucrânia por Putin. Agora tornou-se numa prioridade absoluta. Temos de investir de forma decidida no desenvolvimento de energias mais limpas, acessíveis para os consumidores e empresas. Isso consegue-se com uma maior aposta na investigação científica e na inovação e potenciando as condições naturais existentes. Nesta frente, Portugal parte em vantagem, não devendo desperdiçar essa oportunidade.

Temos também de considerar o papel das energias de transição, em especial o gás. Como a atual situação tem deixado bastante claro, continuaremos a precisar deste recurso durante algum tempo. E teremos de continuar a investir nele, diversificando fornecedores, garantindo o adequado armazenamento, desenvolvendo novos terminais e potenciando os existentes, nomeadamente os terminais de gás liquefeito do nosso país.


"Temos de investir de forma decidida no desenvolvimento de energias mais limpas"


Por isso, as cadeias de abastecimento e interligações são muito importantes. E, no Parlamento Europeu, o PSD tem-se batido pela reativação urgente do projeto, há muito congelado, da Interligação dos Pirenéus, que permitiria fazer de Portugal e Espanha pontos de entrada e de passagem de gás natural liquefeito para toda a Europa Ocidental. Um projeto que terá igualmente um interesse estratégico para o futuro, tendo em vista o transporte do hidrogénio.


Propostas para relançar a Indústria
Numa audição com a diretora-geral para o Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, Kerstin Jorna, Maria da Graça Carvalho deixou duas propostas visando atenuar os impactos da guerra da Ucrânia na indústria europeia: estudar a adoção de uma moratória destinada a aliviar carga regulatória e burocrática sobre a indústria durante este período de crise; e criar um sistema de financiamento rápido para os fundos europeus, de forma a fazer chegar liquidez urgente aos setores mais afetados. 


Caminho para a Década Digital 2030
A UE quer estar na vanguarda da transição digital, objetivo assumido no Caminho para a Década Digital 2030, mas hoje está atrás dos Estados Unidos e da China. No seu trabalho no Parlamento Europeu, quer através dos vários dossiês de que é relatora, no quadro do programa Horizonte Europa, quer por via de intervenções e outras ações, Maria da Graça Carvalho tem-se batido por mais investimento em investigação cientítica e desenvolvimento tecnológico, infraestruturas, dados e desenvolvimento de competências.

 Artigo de Maria da Graça Carvalho na Carta da Europa do PSD, de 2022, publicada no 'Correio da Manhã' a 9 de maio, Dia da Europa

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