Press ATP e Euratex reúnem com eurodeputada Graça Carvalho

News | 06-12-2019 in Jornal T

Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal (ATP) e a Euratax – associação europeia do setor onde aquele responsável é representante dos interesses nacionais – reuniram com a euroeputada social-democrata Maria da Graça Carvalho para debaterem a política industrial europeia.

A necessidade de as instituições considerarem esta política – que implica o aprofundamento da industrialização dos 28 – como uma das prioridades do próximo mandato dos organismos de topo da União Europeia (Comissão e Parlamento incluídos), fez parte da agenda do encontro. Neste âmbito – tanto pela dimensão como pelo histórico acumulado – a indústria têxtil não pode deixar de estar presente no quadro das preocupações da União, e a Euratex tem tido aí um papel fundamental na defesa dos seus interesses particulares.

Vários dossiês estão em cima da mesa, numa altura em que a União Europeia está envolvida em várias frentes – enquadradas pela tentativa norte-americana de regressar a uma visão menos global e mais protecionista das relações comerciais planetárias.

Recorde-se que, no que tem a ver particularmente com o debate entre Washington e Bruxelas à volta do setor têxtil, o que está em causa é a harmonização dos regulamentos entre ambas as partes. A legislação norte-americana sobre importações é atualmente muito mais exigente e complexa do que a legislação europeia.

O governo norte-americano exige uma tripla transformação: as empresas de um país que tenha um acordo de livre comércio com os Estados Unidos só beneficiarão da tarifa zero desde que os três últimos processos industriais significativos tenham sido realizados no território que usufrui desse benefício.

Assim, no caso da moda, as empresas europeias que quiserem exportar para os Estados Unidos sob tarifa zero devem demonstrar que a fiação, a tecelagem e a confeção foram realizadas na União Europeia.

Questões sobre a entrada no espaço europeu da produção oriunda de países terceiro – nomeadamente de Marrocos – fazem também parte da agenda de preocupações da Euratex.

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